O crime ocorreu em maio de 2019, motivado por disputas entre grupos rivais; penas somam 133 anos
Quatro homens acusados de pertencer a uma facção criminosa foram condenados à prisão, nesta quinta-feira (11), pelo assassinato de Carlos Daniel da Silva Neto, ocorrido em maio de 2019, em Tucumã, no sudeste do estado. Juntas, as penas somam 133 anos.
Segundo a Justiça Paraense, o crime foi resultado da disputa entre facções criminosas que atuam naquela região.Durante o julgamento, os réus negaram qualquer ligação com organizações criminosas e alegaram desconhecer a vítima.
Contudo, as investigações da Polícia Civil revelaram um plano elaborado pelos acusados para colocar em prática o crime, o que foi comprovado por mensagens encontradas em um dos celulares apreendidos durante as diligências.
De acordo com o Tribunal de Justiça do Estado do Pará (TJPA), os jurados acataram, por maioria dos votos, a tese da acusação de homicídio qualificado e associação criminosa, identificando os envolvidos no crime. Ronaldo Souza dos Santos, mesmo encarcerado, foi apontado como o mandante do assassinato.
Ele possuía vínculos com a facção criminosa Comando Vermelho, e foi sentenciado a 35 anos de prisão.
Segundo as autoridades, Ronaldo Marques da Cunha, conhecido pelos apelidos de “Bob” e “B13”, ocupava a função de tesoureiro dentro da facção criminosa Comando Vermelho. Além disso, ele também faria parte do “Conselho Rotativo 91” e foi apontado pela polícia como “disciplina final das dívidas” da facção.'Bob', tesoureiro do Comando Vermelho, é morto em operação policial no Tenoné
Lucas Cardoso Assunção, identificado como o executor do homicídio, recebeu uma pena de 32 anos de reclusão, enquanto Marcos William Silva Costa, responsável por facilitar o acesso do executor ao local do crime, foi condenado a 33 anos de prisão.Raimundo Nonato do Nascimento, outro envolvido no planejamento e execução do crime, também recebeu uma pena de 33 anos de prisão. Ele se encontra foragido.